quarta-feira, novembro 17, 2010

Bla bla bla, coisas de pessoas com insônia

 
Apenas me leve para casa
Me leve para casa ou me deixe aqui
...
Não quero ir para outro lugar.

Mas o que eu chamo de casa
Não é onde eu moro.
...
O que eu chamo de casa
É um lugar tranquilo.

Tranquilo e livre de todas as mágoas
...
Seria um lugar onde o tempo parou...
...parou numa manhã de domingo.

E quando voltei para casa
Estava tudo queimado
O tempo havia passado...
...já não era mais domingo.

-x-

Acabei de acordar no meio da noite e resolvi “criar” isso. Não me refiro a nenhuma “paixonite” minha, mas a qualquer motivador. Depois de tudo eu ainda pensei...

“A casa pode estar queimada, mas nada impede que ela seja derrubada e que construa uma nova no mesmo lugar. O dia não é mais domingo, mas outros domingos virão.”

Se abale com as quedas e com as perdas, e com a mesma intensidade, reerga-se e conquiste novas coisas.

“Tem que ser forte...”

-x-

Vou voltar ao meu livro de finlandês e tentar dormir depois. Abraço do ~Surfin’Bird~.

sábado, novembro 13, 2010

"Ser ou não ser de ninguém"

O texto foi feito por Arnaldo Jabor, sim aquele cara foda que fala muito bem sobre política e afins, e li no blog de uma amiga minha( Al Luiza ), acho que ele diz muita coisa sobre o "amor" e "relaciomento" moderno, creio que tudo que está escrito descreve com perfeição o que eu penso sobre relacionamentos amorosos.



 "Na hora de cantar, todo mundo enche o peito nas boates e gandaias, levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também".

"No entanto, passado o efeito da manguaça com energético, e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração tribalista se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu.

Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois? Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, de que toda ação tem uma reação?
Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida.
Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja, é preciso comer o bolo todo e, nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc. Embora já saibam namorar, os tribalistas não namoram. "Ficar" também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix". A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo. Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho.  Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança? A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim, como só deseja a cereja do bolo tribal, enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas. Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas, e a troca de cumplicidade, carinho e amor. 

Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer boa noite, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar.

Já dizia o poeta que amar se aprende amando. Assim, podemos aprender a amar nos relacionando. Trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos. E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da tão sonhada felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins. Ser de todo mundo, não ser de ninguém, é o mesmo que não ter ninguém também... É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão.”

Extração e perseverança.

"Força"

Há muitas pessoas que dizem que eu tenho uma vasta experiência de vida, que já estive no auge da felicidade e também no auge da tristeza, no auge da saúde, e no auge da doença, enfim, acredito que já vivi mais tempo do que a maioria das pessoas de 19 anos e tudo isso devido à intensidade que recebi todas as coisas que a vida me ofereceu, e vivi com a mesma intensidade todas as coisas que a vida me tirou.

Não sei se sou apenas eu, ou se são todas as pessoas que gostam de viver intensamente, correr riscos, e adorar a incerteza e a mudança, mas depois de uma vasta onda de fatos ruins em minha vida, eu comecei a ver tudo de uma forma mais clara, comecei a entender o sentido da minha vida, ou melhor, o que exatamente seria capaz de me deixar feliz, e o que me salva da tristeza e da infelicidade.

Depois de anos e anos sentindo a total solidão, sentindo ódio, sentindo mágoas e remorsos eu comecei a entender o que era a amizade, o “amor” e a felicidade que eu poderia proporcionar as outras pessoas, e a felicidade que outras pessoas poderiam me proporcionar. Mesmo desconhecendo novamente o amor e a paixão, eu sei que isso me faz falta, e que sinto falta do que eu já nem sei mais o que é.

Seguindo na mesma linha de pensamento, acabei entendendo a aprendendo melhor a música, depois de horas e horas diárias meditando, sob um silencio profundo e completo, aprendi que sou capaz de “amar” algo ou alguém, depois de ter sentido ódio por coisas e alguns, aprendi que preciso mais dos meus amigos depois que perdi meu melhor amigo.

Aprendi que não estarei mais sozinho, e que serei capaz de qualquer coisa para fazer alguém que eu goste sorrir, ou até quem eu não goste. Apesar de me mostrar( e ser ) frio várias vezes, eu ainda sou humano, e ainda preciso dessas coisas, que um dia, novamente, perderei.

Aproveite sua vida, aproveite cada pedaço das coisas boas e ruins, aprenda com elas, pois nada será perfeito, e nada será completamente imperfeito, isso só vai depender da forma que você quiser ver as coisas, e se você vai ser capaz de SEMPRE levantar a cabeça e estar preparado para cair de novo.

Surfin’Bird